Durante a adolescência acontece a aproximação entre os amigos e um afastamento dos adultos, entre eles os professores. É um momento de construção de identidade, e isso não é fácil para ninguém! Os relacionamentos são cheios de conflitos e pontos positivos e negativos.
As escolas brasileiras não são ambientes ideais para a aprendizagem, segundo a psicopedagoga Adriana Fóz, que cita o exemplo das classes de aceleração: “A criança não ia se alfabetizando e iam empurrando ela para frente, chegava no ensino fundamental e ela mal sabia escrever o nome. Isso é muito nocivo, porque não é aprender, é tapar o sol com a peneira. Para aprender você precisa do estímulo, não adianta você ensinar para o outro aquilo que ele não está pronto ainda para receber”. Segundo ela, é preciso mais compromisso de quem ensina com quem aprende.
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Você pode ter um professor brilhante, mas que não tem um preparo socioemocional para lidar com os alunos. Por exemplo, se um estudante está com dificuldade em um exercício e, ao invés de ajudar com calma, o professor tem uma reação agressiva, isso pode fazer com que esse jovem se feche para aquela matéria. Adriana Fóz diz que é preciso “um olhar além do cognitivo. Ninguém aprende se o emocional está carregado, se eu estou com medo, com raiva ou muito triste a minha capacidade de aprendizagem vai ser rebaixada, então o professor precisa estar atento.”
O neurocientista Li Li Min explica que para aprender é preciso um bom ambiente e que seja acolhedor para isso. “A escola precisa desenvolver as habilidades socioemocionais e desenvolver, sobretudo, as funções executivas, já que essa pessoa logo vai estar trabalhando”, completa. Com isso, o processo de aprendizagem será muito melhor aproveitado pelo adolescente.
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Aqui dei uma volta completa na reportagem e fiquei muito feliz. Lembro quando comentei do social no desenvolvimento do cérebro e aqui fecho vendo essa abordagem com vocês. Legal.